Indicador de Incerteza cai 3,5 pontos em dezembro ante novembro, diz FGV
Segundo a FGV, o recuo pode ter sido "influenciado pelo início da vacinação em vários países e do aumento das expectativas, ainda que modestas, sobre a possibilidade de uma recuperação econômica e social nos próximos meses".
"O IIE-Br termina o ano de 2020 em patamar superior a 140 pontos, nível ainda bastante desfavorável, que reflete as incertezas em torno da piora sanitária no Brasil e o conturbado cenário da vacinação no país, até então. No curto prazo, não há sinalização de que o nível de incerteza retorne a patamares mais satisfatórios, devido aos enormes desafios que o Brasil ainda precisará enfrentar nos mais variados temas", diz a nota divulgada pela FGV.
Conforme a série histórica do IIE-Br, mesmo com a queda de dezembro, o indicador está apenas 5,5 pontos acima do nível máximo anterior à pandemia - quando registrou o recorde -, alcançado em setembro de 2015.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA. Já o componente de Expectativas despencou 15,8 pontos para 176,2 pontos e foi o que mais contribuiu para a queda no indicador agregado (3,3 pontos).
"Ambos os componentes não devolvem as altas dos piores momentos da pandemia. O componente de Mídia termina 2020, devolvendo 80% das altas do bimestre de março e abril, enquanto o componente de Expectativas devolve apenas 48% das altas entre março e maio e está a quase 60 pontos acima do período pré-pandemia (fevereiro de 2020)", diz a nota da FGV.
A coleta do Indicador de IIE-Br é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.
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