'Não dá pra falar em votar auxílio agora sem ter fonte do recurso', diz Lira
O candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP-AL), líder do "Centrão" e do Progressistas na Casa, pregou calma para se encontrar uma solução sobre o fim do auxílio emergencial, sem ferir o teto de gastos. "Não sou mágico, não tem como propor uma solução no curto prazo, sem abalar o que todo mundo preza", disse ele sobre o risco de extrapolar o orçamento da União e arranhar a credibilidade do País frente a investidores, estourando o teto de gastos.
"Estamos no recesso, sem Orçamento, sem previsão de PLN (projetos de crédito orçamentário)", afirmou em conversa com jornalistas na manhã de hoje, em Brasília. Ele disse que ao longo de 2020 defendeu que se discutisse a criação de um novo programa social, enquanto a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do "orçamento de guerra" estava valendo.
"Não dá pra falar vamos votar o auxílio agora sem falar de onde tirar recurso", afirmou. "Com clama e muita firmeza, o único caminho é votar rapidamente o orçamento com a CMO (Comissão Mista do Orçamento) e ainda, na primeira quinzena, o governo possa fazer algum aceno com o orçamento de modo que não se crie problemas".
Segundo ele, a CMO deve ser instalada na primeira semana de fevereiro e o orçamento deve ser aprovado até a primeira quinzena do próximo mês.
Lira colocou a PEC Emergencial como prioridade número um para a retomada da economia e "capaz de abrir condições orçamentárias". Segundo ele, se eleito, a PEC Emergencial será prioridade, seguido das reformas administrativa e tributária. A emergencial, no entanto, tramita hoje no Senado.
O encontro de hoje contou com a presença do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), da chapa de Lira, de Luis Miranda (DEM-DF) e de Celso Sabino (PSDB-PA), cujo partido apoia o candidato adversário Baleia Rossi (MDB-SP).
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