Posição da reserva de liquidez ao fim de dezembro era de R$ 881,3 bi, diz Tesouro
No início da pandemia da covid-19, o elevado colchão de liquidez foi essencial para que o Tesouro pudesse se abster de emitir grandes volumes de títulos num momento de forte volatilidade do mercado, o que poderia resultar em custo elevado de financiamento.
"Uma inovação em 2021 é a divulgação da reserva de liquidez no Relatório Mensal da Dívida, permitindo aos analistas acompanhar com maior transparência a evolução das disponibilidades de caixa para pagamento de dívida pública", informou o órgão no Plano Anual de Financiamento (PAF).
Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro mostram que o colchão da dívida terminou 2020 até acima do observado em 2019 (R$ 836 bilhões).
Do valor verificado em dezembro do ano passado, R$ 218,4 bilhões são de fontes exclusivas para o pagamento de dívida e não oriundas de emissão de títulos (o que inclui os recursos repassados pelo Banco Central), e R$ R$ 662,9 bilhões referem-se a recursos captados por meio da emissão de títulos públicos.
"Este montante é suficiente para honrar todos os vencimentos previstos para o primeiro semestre de 2021", disse o Tesouro. Segundo o órgão, o objetivo é manter, ao longo de 2021, o colchão de liquidez acima de seu nível prudencial.
O Tesouro Nacional ressaltou ainda que não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez. "O Tesouro Nacional vem realizando emissões em montantes superiores aos resgates nos últimos anos, o que contribui para fortalecer a posição de caixa da dívida", afirmou.
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