FGV: indicador de incerteza cai 4,9 pontos em janeiro ante dezembro, a 137,4 p.
Segundo a FGV, "a queda do indicador de incerteza em janeiro foi motivada, principalmente, pela forte queda do componente de Expectativa, que mede a dispersão das previsões dos especialistas de mercado para os 12 meses seguintes".
"O início da imunização contra a Covid-19 no Brasil e no mundo impacta positivamente nas expectativas dos agentes para um possível retorno à normalização da economia, traduzido no aumento da previsibilidade das variáveis IPCA, Selic e Inflação", diz a nota divulgada pela FGV.
Por outro lado, a entidade ressaltou que "os diversos contratempos em torno do plano de vacinação e o aumento de casos de Covid-19 concomitante à possibilidade de serem reeditadas medidas de flexibilização nos Estados têm mantido os níveis do IIE-Br acima dos 130 pontos".
Em janeiro, o IIE-Br ficou 0,6 ponto acima do nível máximo anterior à crise causada pela covid-19, alcançado em setembro de 2015.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Os dois componentes recuaram em janeiro. O componente de Mídia recuou 1,1 ponto, para 128,3 pontos, contribuindo negativamente em 1,0 ponto para a queda do indicador agregado. Já o componente de Expectativas despencou pela segunda vez consecutiva, agora em 17,5 pontos, para 158,7 pontos, contribuindo negativamente em 3,9 pontos no indicador agregado.
"Ambos os componentes ainda não devolvem as altas dos piores momentos da pandemia, com o primeiro devolvendo 81% das altas de março a abril e, o segundo devolvendo 63% das altas de março a maio", diz a nota da FGV. A coleta do Indicador de IIE-Br é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.
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