Governo decide manter usinas térmicas acionadas diante de reservatórios baixos
Com a permanência dos níveis dos reservatórios de hidrelétricas baixos, o governo decidiu manter as usinas termelétricas acionadas e a importação de energia elétrica. A decisão foi tomada pelo CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), órgão presidido pelo MME (Ministério de Minas e Energia), em reunião realizada ontem.
A decisão do órgão deve seguir as diretrizes estabelecidas no início de janeiro, quando o órgão limitou o despacho das térmicas e a compra de energia de outros países até 16,5 mil megawatts (MW) médios. Na ocasião, o MME explicou que a medida privilegia o uso de usinas mais baratas.
Segundo a pasta, a decisão visa a "menor degradação dos armazenamentos dos reservatórios". "Diante da permanência dos cenários de afluências críticas, baixos armazenamentos nos reservatórios das usinas hidrelétricas e restrições relativas aos usos múltiplos da água, o CMSE manteve a diretriz de adoção das medidas excepcionais para o devido atendimento à carga", diz em nota.
De acordo com a nota, a situação é mais crítica no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que finalizou o mês de janeiro com 23,2% de armazenamento - menor nível desde 2015. A região concentra as usinas hidrelétricas mais importantes do País. Já os reservatórios do Sul apresentaram uma expressiva recuperação, com armazenamento atual de 52,9%.
As perspectivas são de aumento das precipitações em grande parte da área central do País, "o que deverá refletir em aumento de chuvas em importantes bacias na região Sudeste."
O colegiado também aprovou proposta do ONS (Operador Nacional do Sistema) para aprimorar a avaliação da necessidade do uso de térmicas mais caras. No setor elétrico, isso significa quando decidem acionar usinas pelo critério "fora da ordem de mérito". A medida, segundo o MME, vai auxiliar na decisão da necessidade ou permanência do uso dessas usinas para garantir o fornecimento de energia.
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