B2W e Lojas Americanas devem unir operações
A medida já era cobrada por analistas como solução para destravar a avaliação das empresas. A explicação é que, com as operações separadas, o negócio digital do grupo deixa de usar a rede de lojas físicas como pontos logísticos estratégicos para fazer os produtos chegarem aos clientes de forma mais rápida e barata. Em 2020, a B2W assistiu a empresas que são tradicionalmente do ramo de lojas físicas ganharem força no segmento de e-commerce.
Esse modelo multicanal já é explorado pelas concorrentes Magazine Luiza e Via Varejo. "Faz enorme sentido (a união). A maior desvantagem da B2W para se tornar um ecossistema e fazer frente à escalada do Magazine Luiza, do Mercado Livre ou Amazon era esse nó societário de não poder pensar o negócio como um só por causa de estruturas societárias distintas", diz Alberto Serrentino, fundador da Varese, consultoria de varejo. A Lojas Americanas é controladora da B2W.
Analista da XP, Danniela Eiger concorda que o movimento é positivo, mas pondera que é necessário ter mais detalhes de como a negociação se desenrolará. "Vemos como positivo estrategicamente, mas temos de entender quais serão os termos desse potencial movimento", diz. Apesar de o acordo ter sido anunciado após o fechamento do mercado, os papéis da B2W subiram quase 7% ontem, na B3.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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