Estoque total de crédito fica estável em janeiro ante dezembro, em R$ 4,020 tri
Os dados apresentados nesta quinta pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas - em especial, nos meses de março e abril do ano passado. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos.
Em janeiro ante dezembro, houve alta de 0,6% no estoque para pessoas físicas e retração de 0,8% para pessoas jurídicas.
De acordo com o BC, o estoque de crédito livre recuou 0,3% em janeiro, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,3%.
No crédito livre, houve alta de 0,4% no saldo para pessoas físicas no mês passado. Para as empresas, o estoque caiu 1,0% no período.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 54,2% para 54,1% na passagem de dezembro para janeiro.
Habitação e veículos
O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,7% em janeiro ante dezembro, totalizando R$ 717,722 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até janeiro, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 12,1%.
Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,8% em janeiro ante dezembro, para R$ 222,031 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 7,3%.
Setores
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária subiu 0,7% em janeiro, para R$ 33,634 bilhões, informou o Banco Central.
Já o saldo para a indústria recuou 1,4%, para R$ 716,706 bilhões. O montante para o setor de serviços teve baixa de 0,9%, para R$ 1,009 trilhão.
No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo subiu 812,8%, aos R$ 4,199 bilhões.
BNDES
O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve baixa de 0,3% em janeiro ante dezembro, somando R$ 387,928 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses, há uma alta acumulada de 2,0%.
Em janeiro, houve queda de 1,8% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, baixa de 0,3% no financiamento de investimentos e retração de 1,6% no saldo de capital de giro.
Setor não financeiro
O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 1,1% em janeiro ante dezembro, para R$ 12,085 trilhões. O montante equivale a 162,6% do PIB do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.
O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.
No caso específico de famílias e empresas, o saldo do crédito ampliado avançou 1,5% em janeiro ante dezembro, para R$ 4,193 trilhões. O montante equivale a 56,4% do PIB.
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