Política monetária segue acomodatícia e mercado, resiliente, diz Guedes ao FMI
Sobre o Brasil, ele descreve que o País está reformulando suas ferramentas para sustentar um forte período de recuperação.
Na avaliação de Guedes, a economia doméstica se recuperou acentuadamente no segundo semestre do ano passado, depois que políticas de apoio das áreas fiscal e monetária à política financeira amorteceram o choque inicial da pandemia de coronavírus e lançaram as bases para uma forte recuperação.
O documento enfatiza a expansão da poupança e do crédito e cita que este é um bom presságio para o aumento da atividade econômica à medida que as restrições impostas pela pandemia se dissipam. O texto menciona, porém, que uma nova onda de covid-19 lança maior incerteza e estresse do que o normal para o cenário atual.
No documento, Guedes informa os demais participantes do comitê que a criação de empregos formais registrou um recorde de 260 mil para o mês de janeiro e que a previsão do governo é a de que a economia cresça 3,2% este ano. Ele também explica que a nova rodada de apoio à renda para os mais vulneráveis estava vinculada a medidas estruturais de disciplina fiscal. "A assistência de emergência foi reinstaurada junto com uma emenda constitucional para reancorar as contas fiscais e garantir uma redução da trajetória da dívida pública no médio prazo", traz o texto que fala do "amplo apoio parlamentar" à medida.
Sobre a atuação do Banco Central, o documento diz que a instituição iniciou um processo de normalização parcial da política monetária. "O aumento sustentado nos preços das commodities e depreciação cambial, acompanhada da retomada da economia atividade e mercado de trabalho formal têm levado a ajuste para cima da inflação e das expectativas. Cumprindo seu mandato, o Banco Central elevou a taxa básica de juros para garantir que a inflação e as expectativas de inflação sigam dentro da meta para o horizonte relevante para a política monetária."
No texto, é dito que as reformas estão em andamento no País - citando a da Previdência, a PEC emergencial e a autonomia do próprio BC. Sobre a agenda futura, o governo cita que há "diversas iniciativas", como a reforma tributária, flexibilização do mercado de trabalho e novos marcos regulatórios para gás natural, cabotagem, saneamento e mercado de câmbio. "Em suma, a abordagem para impulsionar o crescimento sustentável e inclusivo no Brasil é tripla: intensificar a vacinação em massa, fornecer apoio fiscal de curto prazo juntamente com a consolidação orçamental a médio prazo e a prossecução das reformas pró-mercado."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.