Bolsonaro defende previsibilidade e sugere mudança em política da Petrobras
Ele participou nesta quarta em Foz do Iguaçu (PR) da cerimônia de posse do general João Francisco Ferreira como novo diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional. Ferreira substituirá Joaquim Silva e Luna, que deve assumir a presidência da Petrobras assim que receber o aval do Conselho Administrativo da estatal.
No evento, Bolsonaro citou que Silva e Luna aceitou "de pronto" o convite para a presidência da Petrobras. "Fomos de novo atacados como interferindo na estatal, as ações caindo, o dólar subiu um pouco mais e isso influencia no preço final do combustível no Brasil.", comentou em referência ao anúncio da troca no comando da empresa, feito em 19 de fevereiro. "Mas ele (Silva e Luna) sabe que é uma empresa que, mais do que transparência, tem que ter previsibilidade. É inadmissível se anunciar agora - o velho presidente ainda - um reajuste de 39% no gás. Que contratos são esses, que acordos foram esses?", questionou.
Na sequência, o presidente declarou que não iria interferir na política de preços da estatal, mas que essa poderia ser alterada e citou o projeto sobre a mudança na cobrança do ICMS sobre combustíveis.
"Não vou interferir, a imprensa vai dizer o contrário. Mas podemos mudar essa política de preços lá. Mandei um projeto para Câmara há poucas semanas", destacou Bolsonaro.
O projeto enviado pelo governo em 12 de fevereiro tem o objetivo de evitar a bitributação do ICMS e, para isso, determina que o imposto deverá incidir sobre o litro de combustível e não mais por porcentual, como é atualmente. "Se Deus quiser, com a participação do parlamento brasileiro, daremos essa previsibilidade para o consumidor", disse.
Silva e Luna substituirá Roberto Castello Branco no comando da petrolífera. A troca na presidência da Petrobras ocorreu após os reajustes no preço dos combustíveis anunciados pela estatal ao longo do ano, que desagradaram Bolsonaro.
Itaipu
Ferreira será o 13º diretor-geral brasileiro da binacional e o quarto militar a comandar a hidrelétrica. Seu mandato valerá até 16 de maio de 2022.
Sobre a troca na direção da margem brasileira da hidrelétrica, Bolsonaro afirmou que "pouco coisa mudará", já que o novo diretor pegará uma "casa arrumada".
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