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Confiança do consumidor sobe 3,7 pontos em maio ante abril, aponta FGV

Houve ligeira melhora da percepção das famílias sobre o momento atual, analise Viviane Seda Bittencourt, do Ibre/FGV - Ricardo Matsukawa/UOL
Houve ligeira melhora da percepção das famílias sobre o momento atual, analise Viviane Seda Bittencourt, do Ibre/FGV Imagem: Ricardo Matsukawa/UOL

Daniela Amorim

No Rio de Janeiro

25/05/2021 11h01Atualizada em 25/05/2021 11h25

A confiança do consumidor subiu 3,7 pontos em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou hoje a FGV (Fundação Getulio Vargas).

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) cresceu a 76,2 pontos, recuperando nos meses de abril e maio apenas 81% da queda sofrida em março. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,6 ponto.

Em maio, a confiança dos consumidores manteve a tendência positiva observada no mês anterior. Houve ligeira melhora da percepção das famílias sobre o momento atual, que atingiu nível mínimo em março, e aumento das perspectivas em relação aos próximos meses. Mas mesmo otimistas com relação à situação econômica do país nos próximos meses, a expectativa das finanças pessoais não avança e o ímpeto para consumo continua muito baixo. Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia)

Em maio, o ISA (Índice de Situação Atual) subiu 4,2 pontos, para 68,7 pontos, enquanto o IE (Índice de Expectativas) cresceu 3,2 pontos, para 82,4 pontos.

A percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral no momento atual aumentou 2,3 pontos em maio, para 73,9 pontos. O componente que mede a satisfação sobre as finanças pessoais atualmente subiu 5,9 pontos, para 64,1 pontos.

O item que mede as perspectivas para a economia nos próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em maio, com avanço de 8,9 pontos, para 109,6 pontos.

As expectativas em relação à situação financeira das famílias nos próximos meses permaneceram estáveis, com o indicador acomodando em 86,4 pontos.

O componente que mede o ímpeto para compras de bens de consumo duráveis ficou em 53,5 pontos, patamar extremamente baixo em relação ao pré-pandemia. Entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020, o valor médio do item de compras previstas de bens duráveis foi de 82,7 pontos.

"Apesar do resultado positivo desse mês ter sido disseminado por todas as classes de renda e capitais, observa-se que consumidores possuem patamares de confiança bastante distintos e a diferença entre classe de renda baixa e alta tem atingido patamares elevados desde o final do ano passado", completou Viviane Seda.

No mês de maio, houve avanço na confiança em todas as faixas de renda, com destaque para as famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, cujo ICC aumentou 7,8 pontos, para 69,2 pontos, patamar historicamente ainda baixo.

Na faixa de renda mais pobre, que recebe até R$ 2.100,00 mensais, o ICC ficou em 69,5 pontos, ao passo que na faixa mais rica, com renda mensal superior a R$ 9.600,00, o ICC foi de 85,3 pontos.

A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.628 domicílios, com entrevistas entre os dias 1 e 21 de maio.