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Dívida bruta do governo geral cai a 86,7% do PIB em abril, revela BC

Sede do Banco Central em Brasília - Adriano Machado/Reuters
Sede do Banco Central em Brasília Imagem: Adriano Machado/Reuters

Fabrício de Castro

Do Estadão Conteúdo, em Brasília

31/05/2021 10h28Atualizada em 31/05/2021 10h56

Apesar do aumento dos gastos dos governos para fazer frente à pandemia do novo coronavírus, a dívida pública brasileira desacelerou em abril. Dados divulgados nesta segunda-feira, 31, pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral fechou abril aos R$ 6,665 trilhões, o que representa 86,7% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual, divulgado nesta segunda pelo Banco Central, é menor que os 88,9% de março (dado revisado).

No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia do novo coronavírus, a expectativa é de que a dívida bruta continue a subir nos próximos meses no Brasil. Este é um dos principais fatores de preocupação dos economistas do mercado financeiro.

A Dívida Bruta do Governo Geral — que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 61,1% (dado revisado) para 60,5% do PIB em abril. A DLSP atingiu R$ 4,655 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.