Dívida Pública Federal sobe 1,61% e fecha maio em R$ 5,171 tri, diz Tesouro
Houve uma emissão líquida de R$ 58,00 bilhões, o que significa que o Tesouro vendeu mais títulos para se financiar no mercado do que resgatou papéis já emitidos. Ao todo, foram emitidos R$ 156,8 bilhões e resgatados R$ 98,8 bilhões.
"O Tesouro Nacional realizou, em maio, emissões acima da média dos últimos 12 meses, reforçando significativamente o caixa em um mês com vencimentos menores", informou o órgão.
A correção de juros no estoque da DPF, por sua vez, foi de R$ 23,93 bilhões no mês passado.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,82% em maio e fechou o mês em R$ 4,940 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,64% menor no mês, somando R$ 230,75 bilhões ao fim do mês passado.
12 meses
A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 24,52% em abril para 22,93% em maio, informou o Tesouro Nacional. Nesse período, vão vencer R$ 1,185 trilhão em títulos da dívida.
O prazo médio da dívida pública federal, por sua vez, caiu levemente de 3,79 anos em abril para 3,78 anos em maio.
O custo médio do estoque da DPF em 12 meses até maio subiu e atingiu 7,34% ao ano, contra 7,22% em abril.
O custo médio das novas emissões também teve aumento na passagem do mês, de 5,13% ao ano para 5,49% ao ano no mês passado.
Composição
A parcela de títulos prefixados na DPF subiu em maio, para 32,95%. Em abril, estava em 31,90%. Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, ficaram com uma fatia menor, passando de 35,50% para 35,39%.
Os títulos remunerados pela inflação caíram para 26,95% do estoque da DPF em maio, ante 27,69% em abril. Os papéis cambiais tiveram redução na participação na DPF de 4,91% para 4,70% em maio.
Após o ajuste nas metas do Plano Anual de Financiamento (PAF), feito no mês passado, todos os papéis estão enquadrados nos objetivos traçados pelo Tesouro para o ano.
O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos atrelados à taxa básica de juros em 2020 vai de 33% a 37%. Para os prefixados, o intervalo é de 31% a 35%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 26% a 30% e, no de câmbio, de 3% a 7%.
Estrangeiros
A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública subiu levemente em maio, com acréscimo de R$ 14,87 bilhões em papéis da dívida interna nas mãos desses detentores no mês. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos não residentes no Brasil no estoque da (DPMFi passou de 9,75% em abril para 9,87% no mês passado.
O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 487,83 bilhões em maio.
A maior participação no estoque da DPMFi, por sua vez, segue com instituições financeiras, que detêm 29,96% da DPMFi, segundo a posição de maio. O estoque nas mãos dessas instituições está em R$ 1,479 trilhão.
Os fundos de investimentos também comparam mais papéis e ganharam participação (de 23,84% para 23,91%). O estoque é de R$ 1,181 trilhão.
O grupo Previdência reduziu a participação de 23,55% para 23,16% de um mês para o outro, com um estoque de papéis praticamente estável.
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