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Bento Albuquerque volta a negar risco de apagão ou racionamento

16.jun.2021 - O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante evento em Brasília (DF) - Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
16.jun.2021 - O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante evento em Brasília (DF) Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Marlla Sabino

Brasília

07/07/2021 22h17

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, reafirmou que não há risco de o Brasil voltar a enfrentar racionamento ou apagão devido à grave crise hídrica. Em entrevista ao programa 'Agenda Econômica', da TV Senado, Albuquerque disse que o governo monitora o sistema elétrico 24 horas por dia e que está adotando medidas desde o final do ano passado.

"Não corremos risco de apagão, não corremos risco de racionamento. Como eu já tive oportunidade de falar algumas vezes, nós monitoramos o nosso sistema interligado nacional 24 horas por dia", disse. O vídeo da entrevista foi disponibilizado na noite desta quarta-feira, 7.

No final do mês passado, o governo editou uma Medida Provisória para criar a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética, a CREG. O grupo, presidido por Albuquerque, poderá determinar mudanças nas vazões de reservatórios e hidrelétricas, por exemplo. Como revelou o Broadcast, uma versão inicial do documento previa a possibilidade até mesmo de um programa de "racionalização compulsória".

O ministro explicou que a escassez nos reservatórios levou à necessidade de acionar mais usinas termelétricas, que geram uma energia mais cara. Por causa disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou um reajuste de 52% na bandeira vermelha patamar 2 - taxa adicional cobrada nas contas de luz para fazer frente aos custos com a geração.

Albuquerque classificou o aumento como "consequência da crise hídrica" e afirmou que as térmicas dão mais segurança ao fornecimento de energia.

"Essas termelétricas estão sendo utilizadas mais intensamente agora, fruto dos níveis dos nossos reservatórios e isso vai na conta do consumidor. Essas bandeiras tarifárias significam que o custo da energia ficou mais caro e essa energia tem de ser paga, é isso que indica e é isso que o consumidor vai ter de arcar com o custo", afirmou o ministro.