Classes D e E têm 64% das casas com acesso à internet no Brasil, diz estudo
O brasileiro ficou mais conectado entre os anos de 2020 e 2021, indicou a pesquisa anual TIC Domicílios, divulgada ontem. No último ano, o acesso à internet no País chegou a 83% da população, com aumento da presença das classes C, D e E — o crescimento nessas faixas de renda foi de mais de 10%.
O estudo é realizado pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), ligado ao CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil).
Apesar do aumento do acesso, navegar na internet não significou ter um computador em casa. A pesquisa revela que apenas 50% das pessoas de classe C possuem o dispositivo, enquanto nas classes D e E o número cai para 13%. Porém, o estudo estima um avanço no uso desses aparelhos, que encaravam índices menores em 2020.
A maior parte do acesso também foi feita via internet banda larga instalada nos lares brasileiros — 69% da população utilizam esse serviço. Isso porque o oferecimento da tecnologia de fibra óptica pelas provedoras de internet também teve um aumento, refletindo diretamente no uso da conexão em casa. A internet móvel, por sua vez, viu queda: de 27%, em 2020, passou para 22% do total de acesso pelos usuários.
Televisão
A pesquisa também apontou mudanças nos dispositivos de acesso à internet. Ao passo que o telefone celular ainda ocupa o topo, com 99% das pessoas navegando pelo smartphone, pela primeira vez os aparelhos de televisão superaram o acesso pelos computadores no Brasil. Na briga, as SmartTVs já aparecem como preferência: o acesso por elas passou para 47%, enquanto os computadores ficaram com 42% do total.
A pesquisa ainda abordou o uso da rede de acordo com a área de acesso e confirmou que os municípios e bairros rurais ainda enfrentam dificuldades em garantir internet para os moradores - os números, porém, vêm aumentando gradualmente ano a ano. No total, 70% da zona rural já possui algum tipo de acesso à rede, enquanto na zona urbana o número alcança o patamar de 83%. "Os resultados mostram a resiliência da rede em meio à pandemia", aponta Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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