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Ações de Skaf e do governo Bolsonaro surpreendem signatários de manifesto

2.out.2018 - Paulo Skaf, durante debate promovido pela TV Globo - Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo
2.out.2018 - Paulo Skaf, durante debate promovido pela TV Globo Imagem: Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo

Altamiro Silva Junior, Cynthia Decloedt, Talita Nascimento e Juliana Estigarribia

31/08/2021 09h13Atualizada em 31/08/2021 09h13

Uma versão final do manifesto "A Praça é dos Três Poderes", da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que cobra mais "harmonia" entre os três poderes da República, foi encaminhada no fim da semana passada a representantes de entidades associadas. O documento alcançou ontem cerca de 300 adesões, conforme apurou o Estadão. Mas não sem causar surpresas, insatisfação e ruídos entre seus organizadores.

A reação negativa da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, que decidiram deixar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) caso o documento seja publicado — por terem visto nele críticas endereçadas ao presidente Jair Bolsonaro —, surpreendeu parte dos envolvidos, assim como a decisão da Fiesp de adiar a divulgação.

A dúvida é se o manifesto poderá ser divulgado antes ou depois de 7 de setembro, data em que estão previstos atos de rua em diversas cidades brasileiras, convocados por Bolsonaro e apoiadores do presidente.

O texto compartilhado pela Fiesp com as entidades associadas possui cerca de três parágrafos e foi enviado às associações pelo presidente da entidade, Paulo Skaf — que se notabilizou pelo apoio a Bolsonaro e chegou a ser cogitado nos meios bolsonaristas como uma opção para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem.

O documento diz que a harmonia "tem de ser a regra" entre os três Poderes e que é "primordial" que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição impõe. No documento, as entidades da sociedade civil afirmam que "veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas".

As entidades afirmam ainda que o momento exige aproximação e cooperação entre Legislativo, Judiciário e Executivo e que cada um atue com "responsabilidade nos limites de sua competência".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.