'Caminhoneiros não querem esmolas', diz associação em nota, sobre ajuda de R$ 400
A Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), que reúne categoria de caminhoneiros no País, criticou o anúncio de ajuda do governo federal para compensar o aumento do preço do diesel. "Os caminhoneiros autônomos brasileiros não querem esmolas. Auxílio no valor de R$ 400 não supre em nada as necessidades e demandas da categoria", destaca a nota assinada pelo presidente do órgão, Wallace Landim "Chorão".
O texto também reforça o "estado de greve" da categoria anunciado no último fim de semana e destaca a paralisação mantida para o próximo dia 1º. Ontem, durante transmissão semanal ao vivo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou que o benefício prometido será de R$ 400 e atenderá 750 mil caminhoneiros. "Uma proposta que não resolve nada e é mais um 'balão apagado' para a categoria colecionar de promessas do governo que ajudou a eleger", rebate o texto.
Segundo cálculos da associação, o valor corresponde a 3,15% das despesas mensais de combustível considerando, como exemplo, um trecho semanal trivial entre Catalão (GO) - Anápolis (GO) - Araguari (MG) e rendimento médio de um quilômetro por litro de diesel. Entretanto, segundo Chorão disse ao EstadãoBroadcast, em média é possível que um caminhão carregado faça 2 km/l, trazendo o valor a 6,3% para o cenário calculado.
Para a associação, o auxílio não supre em nada as necessidades e demandas da categoria. "Queremos estabilidade dos preços dos combustíveis, um fundo de colchão para amenizar volatilidade, mudança na política de preços da Petrobras, aposentadoria especial a partir dos vinte e cinco anos de contribuição e, acima de tudo, queremos respeito e cumprimento da Lei do Piso Mínimo de Frete", comunica o texto. "Não há razão para que o Governo Federal não atenda as reivindicações de que não deixou o país para traz e trabalhou para que nada faltasse a nenhum brasileiro", completa.
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