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Opep mantém inalteradas previsões para expansão da demanda global por petróleo

O cartel prevê que o impacto da variante ômicron do coronavírus no mercado petroleiro será "brando e de curta duração" - imaginima/Getty Images
O cartel prevê que o impacto da variante ômicron do coronavírus no mercado petroleiro será 'brando e de curta duração' Imagem: imaginima/Getty Images

André Marinho

São Paulo

13/12/2021 10h22Atualizada em 13/12/2021 14h54

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a previsão para crescimento da demanda global pela commodity este ano em 5,65 milhões de barris por dia (bpd), a 96,63 milhões de bpd. A estimativa para expansão do consumo em 2022 também não foi alvo de revisão e ficou inalterada em 4,15 milhões de bpd, a 100,79 milhões de bpd.

Em relatório mensal divulgado nesta segunda-feira, 13, o cartel prevê que o impacto da variante ômicron do coronavírus no mercado petroleiro será "brando e de curta duração", uma vez que o mundo está melhor equipado para lidar com a covid-19.

A organização caracteriza o cenário econômico como "firme", apesar das incertezas referentes à inflação e aos gargalos nas cadeias produtivas.

A Opep cortou ligeiramente a projeção para avanço do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2021, de 5,6% a 5,5%, e preservou a de 2022 em 4,2%.

Pelos cálculos do grupo, a economia dos Estados Unidos crescerá 5,5% este ano e 4,1% no próximo, enquanto a da zona do euro subirá 5,1% em 2021 e 3,9% em 2022 — previsões inalteradas em relação ao relatório do mês passado.

Já a estimativa para crescimento do PIB da China caiu 0,3 ponto porcentual em 2021, a 8%, e 0,2 ponto porcentual em 2022, a 5,6%.

A entidade explica que, apesar da recuperação ainda sólida, a economia do planeta enfrenta renovados desafios, entre eles a Ômicron e a desaceleração da atividade na Ásia. "A forte reação dos mercados ao surgimento da variante Ômicron mostrou a fragilidade do ímpeto de crescimento global, que ainda pode ser muito impactado por desdobramentos imprevistos relacionados à covid-19", avalia.

Para a Opep, a retomada voltará a ter taxas mais normais de crescimento no próximo ano, depois de distorções causadas pela pandemia.