Opep+ confirma manutenção de plano para elevar oferta de petróleo em fevereiro
Os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) reafirmaram, nesta terça-feira, 4, a intenção de aumentar em 400 mil barris por dia (bpd) a produção da commodity em fevereiro, conforme plano acertado em julho do ano passado.
Em comunicado após reunião ministerial, o cartel explicou que o mecanismo de compensação será estendido até junho de 2022. A data representa o prazo final para que países que descumprirem as cotas de oferta compensem o volume excedido.
Pelo acordo em vigor, o grupo deve decidir a cada mês se continua com o cronograma de avanço da produção estabelecido. O próximo encontro foi agendado para 2 de fevereiro.
Após a notícia, por volta das 11h40 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para fevereiro subia 0,99%, a US$ 76,84, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o do Brent para março avançava 1,11%, a US$ 79,87, na Intercontinental Exchange (ICE).
Previsão
A Capital Economics avalia que a Opep+ manterá a estratégia nos próximos meses, elevando sua produção, enquanto o crescimento na demanda deve se normalizar. Nesse quadro, a consultoria afirma em relatório a clientes que os preços do petróleo devem ficar sob pressão de baixa. Ela projeta que o barril do Brent chegue ao fim deste ano em US$ 60, de cerca de US$ 80 atualmente.
Segundo a Capital Economics, a elevação de 400 mil barris por dia (bpd) de hoje era bastante esperada, confirmando o acordo já em vigor entre os países, por isso a reação contida nos mercados. Por enquanto, a variante Ômicron da covid-19, apesar de ser altamente transmissível, não provoca os mesmos níveis de hospitalização e mortes de outras cepas. "Como resultado, em sua maioria, governos não impuseram lockdowns disseminados ou restrições de viagens, o que conteria de modo significativo a demanda por petróleo."
Ao mesmo tempo, a consultoria lembra que a produção da Líbia mostra recuo forte recente, com distúrbios civis e a manutenção da infraestrutura dos oleodutos. Nas próximas semanas, a produção desse país deve recuar cerca de 500 mil a 600 mil bpd, prevê a Capital, o que mais que compensa a alta planejada pela Opep+. "Na verdade, caso isso se sustente, a falta de abastecimento da Líbia poderia mesmo levar a pedidos por altas maiores na produção da Opep+", considera.
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