FMI: tensões geopolíticas se refletem em preços de energia e podem afetar grãos
Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva destacou hoje o impacto das tensões geopolíticas atuais nos preços de energia, sobretudo na Europa, e disse que também as cotações de grãos podem ser afetadas. Ela foi questionada sobre as tensões entre a Rússia e potências do Ocidente, diante da suspeita de países liderados pelos Estados Unidos de que os russos possam invadir a Ucrânia. Segundo ela, essas tensões "tornam o quadro econômico global mais complexo".
Georgieva defendeu, durante entrevista virtual ao The Washington Post, a importância de uma solução "diplomática" no caso, para o bem do povo ucraniano e também "para sustentar a retomada global. Na avaliação dela, eventuais sanções duras do Ocidente contra a Rússia, em caso de invasão, teriam impacto em transações financeiras.
Para a diretora-gerente do FMI, o impulso econômico global perde força, em parte por causa da persistência da covid-19 e seus efeitos. Ao provocar problemas nas cadeias globais, a pandemia continua a puxar preços para cima, notou.
A autoridade elogiou o trabalho do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e de outros bancos centrais para comunicar a necessidade de aperto monetário, mas enfatizou a necessidade de se equilibrar o combate à inflação com o apoio à retomada. Segundo Georgieva, o mundo "está longe" de taxas de juros reais que possam prejudicar a economia.
Questionada, Georgieva disse que o FMI já tem um programa em andamento com a Ucrânia, com US$ 2,2 bilhões disponíveis para distribuição até junho. Caso um eventual conflito provoque efeitos em outras nações, o Fundo está "pronto para auxiliar", afirmou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.