Iveco anuncia investimentos de R$ 1 bilhão na América Latina até 2025
Mais da metade do valor será gasto no desenvolvimento de novos produtos, incluindo veículos movidos a gás, com início de produção previsto para o fim deste ano ou início do próximo. Boa parte também irá para a nacionalização de componentes para escapar da flutuação cambial, afirma o presidente da empresa na América Latina, Márcio Querichelli.
O valor também terá uma parcela aplicada na fábrica da Argentina e nas operações de venda de outros países da região. "Nosso objetivo é fortalecer a marca na região", diz o executivo.
No Brasil, o grupo detém quase 7% do mercado de caminhões e tem meta de atingir 10%.
O grupo contratou cerca de mil trabalhadores no ano passado, somando atualmente 2,5 mil funcionários. Atualmente é um dos poucos a operar em três turnos de trabalho em vários setores da fábrica mineira.
"Estamos trabalhando perto do limite da nossa capacidade e avaliamos alternativas pois o mercado vai continuar crescendo", afirma Querichelli.
No ano passado o grupo produzir 22 mil veículos no Brasil e na Argentina, 120% a mais do que em 2020. Para este ano a previsão é chegar a 30%, mas vai depender da disponibilidade de componentes eletrônicos, diz o executivo.
Caminhão a gás
O primeiro veículo movido a gás a ser produzido localmente será um caminhão do segmento de pesados (grande porte), um dos que mais cresce em vendas no País puxado pelo agronegócio, setor da construção e o e-commerce.
"Já temos um portfólio completo na Europa e vamos trazer o projeto para cá e fazer as adaptações necessárias", explica Querichelli. Ônibus a gás também estão nos planos da fabricante.
Segundo ele, veículos elétricos também estão na mira da empresa, mas nesse caso por importação, começando com a van Daily, mas ainda não há data definida para a chegada desse produto ao País.
A marca vem promovendo mudanças em sua linha de produtos e, no passado, registrou aumento de quase 70% nas vendas de caminhões, para 8,6 mil unidades, num mercado que cresceu 43,5%, somando 128,7 mil unidades. No segmento de ônibus, que registrou apenas 0,9% de melhora em relação a 2020, com 14 mil unidades, o desempenho na Iveco cresceu 69%, para 1.032 unidades.
A Iveco está atrás da Volkswagen/MAN, com vendas de 37,5 mil caminhões em 2021, Mercedes-Benz (33,1 mil), Volvo (21,8 mil) e Scania (15,6 mil).
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