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Bolsonaro: Eventuais subsídios a combustíveis passarão por parecer de Guedes

Presidente Jair Bolsonaro - Clauber Cleber Caetano/Presidência da República
Presidente Jair Bolsonaro Imagem: Clauber Cleber Caetano/Presidência da República

Célia Froufe e André Shalders

Brasília

12/03/2022 15h24Atualizada em 12/03/2022 16h51

O presidente Jair Bolsonaro reforçou, neste sábado (12), a importância do ministro da Economia, Paulo Guedes, para o seu governo e disse que, qualquer solução que ainda seja encontrada para minimizar o repasse dos preços internacionais do barril de petróleo para o mercado doméstico terá de receber o aval de um de seus pilares da campanha, que também ficou conhecido como "Posto Ipiranga".

O chefe do Executivo explicou que o próprio Guedes já sinalizou que poderia usar subsídios, mas apenas no caso de a guerra entre Rússia e Ucrânia se estender por muitos mais meses.

"Temos que nos preparar para, se por ventura, esse conflito lá longe continuar... (o preço do petróleo) está em torno de US$ 115 o barril, se aumentar vamos ter reflexos aqui dentro. Aí entra a equipe do Paulo Guedes", comentou com jornalistas ao sair de um evento para "filiação em massa" de pré-candidatos a deputados federais do PL, em Brasília. "Numa emergência temporal, até que (o preço) se restabeleça lá fora, o governo (pode) dar uma ajuda pro lado de cá. Mas isso passa pela palavra final do ministro da Economia", enfatizou.

Quando questionado sobre de onde sairiam os recursos para um possível subsídio, Bolsonaro lembrou que o país ainda vive num momento de pandemia.

"Quando começamos lá atrás a pagar o auxílio emergencial de R$ 600, o endividamento mensal nosso era da casa dos R$ 50 bilhões. Se tiver que subsidiar isso daí (combustíveis), pode ter certeza que vai equivaler a 5% desse valor", calculou.

O presidente disse que o ideal seria não ter de gastar recursos públicos com subsídio.

"Mas se preciso for, para a economia do Brasil aqui não parar, não travar, nós preferimos. O Paulo Guedes vai preferir uma medida como essa ou uma alternativa equivalente", cogitou.

Bolsonaro evitou dar um prazo para que essa medida pudesse ser colocada em prática.

"Não dá para falar um 'se'. Estamos pensando sempre no pior, para não sermos surpreendidos. Talvez fale com ele (Guedes) hoje se for necessário", disse. "A gente tem que buscar estar preparado e se antecipar aos problemas."