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Gratuidade no despacho de bagagens ameaça vinda de aéreas, diz governo

Associação afirmou que a extinção da prática de cobrança de bagagens é um retrocesso - Getty Images/iStockphoto
Associação afirmou que a extinção da prática de cobrança de bagagens é um retrocesso Imagem: Getty Images/iStockphoto

Amanda Pupo

Estadão Conteúdo, Brasília

28/04/2022 08h45

O retorno da gratuidade do despacho de bagagem na aviação comercial, aprovado ontem pela Câmara dos Deputados, pode barrar a vinda de aéreas de baixo custo para o Brasil, na avaliação de fontes do governo que pediram anonimato.

Segundo apurou a reportagem, entre potenciais interessadas em operar no mercado doméstico estão a chilena JetSmart e a colombiana Viva Air.

Integrantes do Ministério da Infraestrutura afirmam que o governo estuda qual estratégia vai adotar para tentar conter o avanço da gratuidade. É possível trabalhar para derrubar a emenda no Senado, ou até mesmo num eventual retorno da matéria para a Câmara. Se em nenhuma das Casas o Executivo conseguir vitória, há a possibilidade de veto da medida. Depois, é preciso convencer o Congresso a eventualmente manter a decisão do presidente.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirmou que a extinção da prática de cobrança de bagagens é um retrocesso e destacou que, após a implementação da medida, ao menos oito empresas estrangeiras demonstraram interesse em operar no País.