FMI cita problemas no ensino e emprego em emergentes como sequelas da covid-19
A análise no blog é escrita por Mehdi Benatiya Andaloussi, Lone Christiansen, Ashique Habib, Davide Malacrino, economistas do Departamento de Pesquisas do Fundo.
Eles notam que as economias do G20 continuam a se recuperar, mas ressaltam o potencial de cicatrizes de longa duração que reduzem as perspectivas da economia, em comparação com o quadro anterior à covid-19.
A maior perda se concentra nos emergentes, com menos acesso a vacinas e menos capital para pacotes de ajuda. O FMI lembra que, para muitos países, a guerra da Rússia na Ucrânia representa um desafio extra.
Os economistas do Fundo destacam que as recessões muitas vezes têm impacto duradouro sobre trabalhadores, que podem enfrentar dificuldades de conseguir trabalho mesmo na recuperação econômica. O tempo prolongado sem emprego também contribui para a perda de algumas habilidades e piora o crescimento econômico como um todo, lembra.
Na retomada do choque da covid-19, há uma clara diferença entre países. Os mais avançados têm tido recuperação forte do mercado de trabalho, com apoio oficial e mais pessoas vacinadas, enquanto entre os emergentes a retomada econômica é mais fraca, com impacto forte também no mercado informal, mais disseminado nas nações mais pobres.
Após o auge da pandemia, o trabalho informal tem aumentado, mas isso contém a renda média dos trabalhadores, diz o FMI.
O FMI também destaca os impactos para a educação, com reflexos na economia. Dentro dos países, esse impacto é mais severo para as famílias mais pobres.
Para a entidade, os formuladores de políticas devem pensar em respostas ao problema, como uma tutoria adicional para tentar repor essas perdas e um ano letivo mais longo.
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