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Governo fará 3ª tentativa de vender primeiro arranha-céu da América Latina

Segundo o Ministério da Economia, o prédio que já abrigou a Rádio Nacional vai a leilão no próximo dia 14 de julho, por R$ 38,5 milhões - Saulo Pereira Guimarães
Segundo o Ministério da Economia, o prédio que já abrigou a Rádio Nacional vai a leilão no próximo dia 14 de julho, por R$ 38,5 milhões Imagem: Saulo Pereira Guimarães

Denise Luna

Rio

19/05/2022 14h12

O governo vai tentar mais uma vez vender o icônico edifício "A Noite", na Praça Mauá, no Rio de Janeiro (RJ). Segundo o Ministério da Economia, o prédio que já abrigou a Rádio Nacional vai a leilão no próximo dia 14 de julho, por R$ 38,5 milhões.

Esta é a terceira tentativa de venda do edifício. A última foi em junho de 2021, quando o leilão não atraiu investidores ao estipular o preço de R$ 73,5 milhões. Na primeira tentativa, o preço era de R$ 93 milhões.

O prédio está abandonado e precisando de reformas relevantes e urgentes. Inaugurado em 1929, o prédio histórico foi o primeiro arranha-céu da América Latina.

O título de "A Noite" é uma referência ao jornal homônimo sediado no local até 1957. O edifício também abrigou o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e consulados.

Atualmente, o prédio está sem uso pela União, embora custe mais de R$ 2 milhões, por ano, aos cofres públicos, valor que é utilizado com manutenção de elevadores, segurança, brigadistas e taxas de concessionárias.

O edifício está sendo vendido por meio da Proposta de Aquisição de Imóveis (PAI), instrumento que permite que pessoas físicas ou jurídicas apresentem ofertas de compra de imóveis da União. O proponente que enviou a PAI terá direito de preferência na data da concorrência pública, mas qualquer pessoa, física ou jurídica, pode participar.

O prédio tem estilo Art Déco e 22 andares, com 102 metros de altura e área construída de 29.377,82 metros quadrados. Em 2013 foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), compreendendo a fachada e elementos arquitetônicos, como a escadaria em caracol, o que vai requerer uma despesa maior do comprador.

"A empresa vencedora terá a obrigação de revitalizar toda a parte tombada de prédio. A alienação do imóvel busca a eficiência na gestão dos ativos do Governo Federal, gerando investimento e contribuindo para o desenvolvimento da região portuária da cidade do Rio de Janeiro", informa a secretária de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Fabiana Rodopoulos.