Reajuste do diesel responde por 68% da inflação no atacado no IGP-10, diz FGV
"A trégua apresentada pelos produtos agropecuários em maio não se repetiu em junho e a variação do grupo passou de -1,59% para -0,04%. As acelerações dos preços do algodão (de 2,17% para 6,32%) e da cana-de-açúcar (de 1,65% para 2,32%) explicam parte do avanço da taxa dos agropecuários. Os produtos industriais também registraram ligeiro avanço, subindo 0,67% em junho, ante 0,54% no mês passado. O preço dos automóveis novos foi destaque no índice ao produtor (de 0,22% para 2,47%) e ao consumidor (de 0,90% para 0,97%). Destaque especial cabe ao óleo diesel, cujo último reajuste ocorreu em 10/05, e respondeu por 68% da taxa do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo)", afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de uma deflação de 0,08% em maio para uma alta de 0,47% em junho.
Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais desaceleraram de 1,12% em maio para 0,01% em junho, tendo como principal contribuição o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,24% para -0,25%.
A taxa do grupo Bens Intermediários avançou de 0,89% em maio para 1,57% em junho, puxada pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,59% para 7,81%.
O grupo Matérias-Primas Brutas passou de -2,07% em maio para -0,29% em junho, sob influência dos itens: soja em grão (de -3,36% para 0,55%), milho em grão (de -8,49% para -0,31%) e minério de ferro (de -3,66% para -2,86%). Houve alívio dos itens: aves (de 4,78% para -0,61%), suínos (de 8,55% para -7,91%) e mandioca/aipim (de -4,94% para -7,13%).
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