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Projeção do Relatório Focus de alta do PIB de 2022 passa de 1,59% para 1,75%

Brasília

18/07/2022 09h49

Com os dados positivos de atividade econômica e a PEC dos Benefícios, pacote bilionário de estímulo à demanda em ano eleitoral aprovado no Congresso Nacional, a previsão mediana para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 continuou a avançar, conforme o Relatório Focus. A projeção passou de 1,59% para 1,75%, contra 1,50% há um mês. Já a estimativa para a expansão do PIB em 2023 continuou em 0,50%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.

Considerando apenas as 27 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 passou de 1,80% para 1,85%. No caso de 2023, houve 25 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com variação de 0,43% para 0,50%.

O Relatório Focus ainda trouxe a medianas para o PIB de 2024, que continuou em 1,80%, e de 2025, que permaneceu em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,81% e 2,00%, respectivamente.

O Relatório de Mercado Focus também mostrou nesta segunda-feira, 18, leve piora na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana aumentou de 59,00% para 59,23%, ante 59,29% de um mês atrás.

O relatório trouxe ainda manutenção na relação entre o resultado primário e o PIB deste ano, com superávit de 0,10%, contra resultado positivo de 0,15% há quatro semanas. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 permaneceu em 6,70%, ante 6,90% de um mês antes.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB também se deteriorou, de 62,00% para 63,50%, de 62,70% há um mês. A mediana para o déficit primário continuou em 0,20% do PIB. Já para o rombo nominal, a estimativa permaneceu em 7,60%. Os porcentuais eram negativos em 0,25% e 7,50%, respectivamente, há quatro semanas.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de superávit da balança comercial em 2022 de US$ 70,00 bilhões para US$ 68,18 bilhões na última semana, ante US$ 69,00 bilhões de um mês atrás, segundo a pesquisa Focus. Para 2023, passou de US$ 60,71 bilhões para R$ 60,00 bilhões, mesma expectativa de quatro semanas antes.

No caso da projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, a mediana continuou em US$ 18,00 bilhões, repetindo a expectativa de um mês atrás. Em 2023, a projeção para o rombo em transações correntes passou de US$ 32,30 bilhões para US$ 30,60 bilhões. Há um mês, era de US$ 33,70 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 passou de US$ 58,40 bilhões para US$ 57,20 bilhões, ante US$ 58,40 bilhões de um mês atrás. Para 2023, passou de US$ 66,15 bilhões para US$ 60,50 bilhões, mesma mediana de quatro semanas antes.