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Fed/Evans: em algum momento, será apropriado desacelerar ritmo de altas de juros

São Paulo

27/09/2022 08h11

O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em Chicago, Charles Evans, disse nesta terça-feira (27) que reduzir a inflação para a meta oficial de 2% do Fed exigirá um período de condições restritivas. Ele acrescentou, no entanto, que em "algum momento" será apropriado desacelerar o ritmo de altas de juros e, eventualmente, mantê-los inalterados por algum tempo para avaliar como a política monetária do Fed está afetando a economia americana.

Em discurso feito durante evento do Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras (OMFIF, pela sigla em inglês), em Londres, Evans apontou que as projeções do Fed indicam aumentos de juros adicionais de 100 a 125 pontos-base até o fim do ano, o que está mais ou menos em linha com sua visão.

Na semana passada, o Fed elevou juros em 75 pontos-base pela terceira vez seguida, para a faixa de 3% a 3,25%, em nova tentativa de combater a inflação persistente nos EUA.

Evans, que não vota nas decisões de política monetária do Fed este ano, previu que a inflação nos EUA irá desacelerar significativamente nos próximos dois anos e disse esperar avanços apenas modestos do Produto Interno Bruto (PIB) na segunda metade de 2022. Ele ressaltou, porém, que projeções do Fed não trazem números consistentes com um quadro de recessão.

Em sessão de perguntas e respostas, Evans admitiu que o Fed "julgou mal" o avanço da inflação nos EUA e poderia ter começado o processo de aperto monetário mais cedo.