Morgan Stanley diz que copa não é razão para pessimismo
Analistas do Morgan Stanley afirmam que o setor de cartões não deve ser um dos perdedores do torneio. Ao analisar dados de outros mundiais, eles concluem: "Não há evidências consistentes de que os volumes de cartões sofram durante a Copa do Mundo, ao contrário da recente narrativa de baixa", afirmam Jorge Kuri, Jorge Echevarria e Andrew Geraghty, em comentário a clientes.
Aproveite os jogos
De acordo com eles, os dados históricos são "limitados", mas, em geral, o volume financeiro de transações com cartões teve desempenho em linha nas últimas quatro Copas do Mundo. "Então, preocupe-se menos e aproveite os jogos", sugerem os analistas do Morgan Stanley, ressaltando que não há evidências de que as transações com cartões se enfraqueçam durante a Copa do Mundo.
Dos últimos quatro mundiais, o setor de cartões teve desaceleração em dois, sendo um deles em 2014, quando o Brasil sediou o torneio. "Mas o diabo está nos detalhes: uma vez ajustados o desempenho da seleção brasileira e do País como anfitrião, as evidências corroboram a visão otimista (para o setor de cartões)", reforçam os analistas do Morgan.
Na Copa da famosa derrota do Brasil de 7 a 1 para a Alemanha, em 8 de julho, o volume do setor de cartões cresceu 7% no trimestre do mundial, abaixo da média de 9%, considerando uma faixa de expansão de 8% a 10% durante os dois anos anteriores e os dois posteriores. Ainda assim, nada comparado ao "luto" que o futebol brasileiro vivenciou na ocasião.
Para Kuri, Echevarria e Geraghty, as previsões de Stone e PagSeguro corroboram a visão do banco de um impacto limitado no setor de cartões por conta da Copa do Mundo. A Stone estima uma baixa de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões durante os jogos, que correspondem de 2,5% a 3,5% do seu volume trimestral.
Já para a PagSeguro a Copa pode significar uma perda de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões, equivalente entre 3% e 4%, na mesma base de comparação. "Evidentemente, não é uma mudança de jogo", concluem.
Quem ganha?
O Brasil deve levar o hexa para casa em cima da Inglaterra, no dia 18 de dezembro, de acordo com cálculos do Morgan Stanley. As chances de os brasileiros ganharem o mundial são de 33% contra 5% dos ingleses, prevê a instituição.
Como possível oponente do Brasil, o Morgan Stanley vê ainda chances de a Seleção enfrentar a França na final, com 13%, seguida por Bélgica, com 6%, e Alemanha, com 2%.
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