Começa a segunda parte do Copom, que definirá Selic
O mercado financeiro espera que o Copom mantenha os juros básicos pela terceira vez seguida em 13,75% ao ano, taxa alcançada no encontro de agosto, no ciclo de aperto monetário mais longo da história do comitê. Segundo pesquisa realizada pelo Projeções Broadcast, de 48 instituições financeiras consultadas, 46 esperam estabilidade da Selic em 13,75% e duas casas esperam elevação da taxa para 14%.
O ciclo da Selic voltou à discussão diante dos planos de aumento de gastos do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), representada especialmente pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC), cuja votação no Senado está prevista para esta tarde.
Na avaliação de especialistas, a expansão fiscal pode afetar a inflação futura devido ao estímulo ao consumo e também pelo canal de deterioração de ativos, como o dólar. Na curva de juros, há precificação de novos aumentos de juros, enquanto no Boletim Focus o mercado aposta majoritariamente, por enquanto, no adiamento dos cortes, com uma taxa terminal mais alta no fim do ano que vem.
Em outubro, última reunião do Copom, a autoridade monetária voltou a indicar a estabilidade da Selic em 13,75% por "período suficientemente prolongado". Mas também manteve o alerta de que, caso a desinflação não ocorra como o esperado, os juros podem voltar a subir.
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