Banco Mundial mantém previsão de que PIB do Brasil crescerá 0,8% em 2023
As taxas de juros elevadas restringem os investimentos e o Brasil também enfrenta "desaceleração do crescimento das exportações", afirma o Banco Mundial.
Em outro trecho do relatório, ele comenta que as condições climáticas "têm sido favoráveis" para a safra de soja no País, enquanto na Argentina uma seca prolongada prejudica a produção de trigo.
O Banco Mundial qualifica a desaceleração em andamento no Brasil como "acentuada", com forte contração do investimento em 2023, em quadro de alta nos juros pelo banco central local para conter a inflação. A instituição ainda afirma que a incerteza sobre a perspectiva da política fiscal é "mais um vento contrário" para a confiança dos negócios e os investimentos.
"As exportações do Brasil devem crescer mais lentamente que nos últimos anos por causa da desaceleração no crescimento da demanda por commodities não energéticas", diz o relatório.
Já o gasto do consumidor deve ser "um pouco apoiado" em 2023 por transferências fiscais e cortes tributários adotados no ano passado, a fim de compensar "os preços de alimentos e combustíveis em disparada".
O Banco Mundial diz ainda que o crescimento no investimento deve ter "alguma aceleração", e que a melhora na demanda global apoia o crescimento das exportações.
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