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Santander e Safra fazem pedidos para Justiça suspender recuperação das Americanas

13.jan.2023 - Fachada de loja da Americanas, no centro de São Paulo - Bruno Santos/Folhapress
13.jan.2023 - Fachada de loja da Americanas, no centro de São Paulo Imagem: Bruno Santos/Folhapress

Altamiro Silva Junior e Matheus Piovesana

Em São Paulo

24/01/2023 15h33Atualizada em 24/01/2023 16h13

O Santander e o Safra entraram com recursos (agravo de instrumento) na Justiça para suspender a Recuperação Judicial (RJ) das Americanas.

O Santander, em dois documentos com a data de hoje, argumenta que o "pior já aconteceu" e alega que a Justiça do Rio de Janeiro não é a mais apropriada para julgar o pedido da rede de varejo, que deveria transcorrer em São Paulo, onde a maioria das decisões da rede é tomada.

"O processamento da recuperação judicial deve, sempre, se dar no foro em que o devedor centraliza a direção-geral dos seus negócios", argumentam os advogados do Santander, em documento que o Broadcast teve acesso.

No pedido, há até fotos de um prédio, que o documento diz ser a sede das Americanas no Rio.

Há ainda um pedido para que a Justiça determine que as Americanas apresentem, em 24 horas, documentos que "comprovem cabalmente" que a cidade do Rio de Janeiro é de fato o principal local de sua sede.

Já o Safra, que tem R$ 2 bilhões em linhas de crédito com a varejista, alega que seria necessária uma perícia mais detalhada para saber as condições reais da rede de varejos e que ela não apresentou os três últimos balanços, um dos requisitos em um processo de recuperação judicial.

Procurados, Santander e Safra não se pronunciaram até o fechamento deste texto.