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Americanas negam que vão falir e dizem seguir funcionando 'normalmente'

Americanas entraram com um pedido de recuperação judicial após declararem R$ 43 bilhões em dívidas - Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo
Americanas entraram com um pedido de recuperação judicial após declararem R$ 43 bilhões em dívidas Imagem: Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

21/01/2023 16h23Atualizada em 22/01/2023 14h48

As Americanas S.A. negaram neste sábado (21) que vão falir, dizendo que todos os canais de atendimento — site, aplicativo e lojas físicas — seguem funcionando normalmente. Na quinta (19), a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, após declarar R$ 43 bilhões em dívidas.

"A Americanas segue operando normalmente, mantendo seu propósito de entregar a melhor experiência. Os clientes podem comprar produtos e serviços disponíveis em diversas unidades da Americanas próximas e também no site e app da marca", disseram as Americanas em comunicado aos consumidores.

A empresa vai falir? Não. A recuperação judicial é uma forma de empresas viáveis economicamente seguirem com suas operações, com seu caixa preservado e negociando soluções com seus credores.
Americanas, em comunicado

A empresa afirma que os direitos dos consumidores não são "extintos" pela recuperação judicial, reforçando que, em caso de problemas, os clientes podem procurar atendimento.

"Os direitos dos nossos clientes continuam sendo a nossa prioridade", acrescentou.

Compras feitas no Submarino ou na Shoptime, que pertencem a Americanas S.A., também não serão afetadas, ainda de acordo com a empresa.

Relembre o caso

  • 11 de janeiro: o então presidente Sérgio Rial revelou um rombo de R$ 20 bilhões no balanço das Americanas e renunciou;
  • Segundo a empresa, menos de seis horas depois da divulgação do problema, credores já haviam cobrado o pagamento antecipado das dívidas, "fechando as portas para qualquer tipo de negociação"
  • 13 de janeiro: a Justiça do Rio deu 30 dias para que as Americanas decidissem se pediriam recuperação judicial, protegendo temporariamente a empresa dos credores
  • Em paralelo, agências de classificação de risco rebaixaram a nota das Americanas. Na S&P, a varejista passou para "D", de "default" (calote)
  • 18 de janeiro: o BTG Pactual conseguiu na Justiça bloquear R$ 1,2 bilhão das Americanas. Outros bancos também iniciaram uma batalha jurídica contra a varejista
  • 19 de janeiro: pela manhã, a empresa disse ter apenas R$ 800 milhões em caixa. À tarde, protocolou um pedido de recuperação judicial, declarando dívidas de R$ 43 bilhões com 16.300 credores
  • A Justiça do Rio aceitou o pedido no mesmo dia, e determinou que os bancos Votorantim, Bradesco, Safra e Itaú sejam intimados a cumprir a liminar do dia 13, que protegia as Americanas