Desafio hoje é como atingir crescimento sustentável e inclusivo, diz Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse hoje que o grande desafio da autoridade monetária atual é o de atingir um crescimento econômico sustentável e inclusivo.
"É isso o que move o BC em parceria com o TCU - Tribunal de Contas da União", disse durante discurso não previsto no plenário do Senado Federal, durante sessão de comemoração aos 130 anos do Tribunal.
Campos Neto ressaltou que, assim que chegou a Brasília, uma de suas primeiras tarefas foi a de entender a função do TCU e como o BC poderia interagir melhor com a entidade.
Na sequência, elencou grandes desafios enfrentados, como a crise argentina, o desastre ambiental de Brumadinho (MG) e depois a crise sanitária da covid-19. "Quando nos dedicávamos a fazer a agenda de tecnologia, tivemos que parar", lembrou.
O presidente do BC disse que alertou sobre o que viria a ser um problema de mobilidade, mencionou que deveria haver quarentena e que se informou das ações tomadas em outros lugares que já estavam em estágio mais avançado da pandemia, como a Europa. "Isso seria muito danoso para alguns", disse que previu na ocasião.
Por isso, de acordo com ele, o programa de enfrentamento do surto visava a oferta de crédito, a estabilidade financeira, o atendimento a pequenas empresas, programa de recursos a setores específicos e garantia de emprego, entre outros. "O BC fez o maior programa de liberação de recursos da história", rememorou.
Para o futuro, Campos Neto destacou em seu discurso de improviso que a tecnologia diminui o custo de intermediação, consegue fazer serviços governamentais de melhor qualidade e que, portanto, é um elemento democratizante. "Outro tema é diminuir a burocracia", pontuou.
A fala de Campos Neto não estava prevista. Contudo, durante o discurso do atual presidente do TCU, Bruno Dantas, o presidente do BC começou a fazer anotações.
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