Sustentabilidade do arcabouço fiscal depende da reforma tributária, diz Reginaldo Lopes
Além de se comprometer com a zeragem do déficit primário em 2024, conseguir superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 e de 1% em 2026, no último ano da atual gestão Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acrescentou na quinta-feira passada, quando foi anunciado o arcabouço, que um dos objetivos da regra fiscal é o de ampliar a base de fiscal. Isso, de acordo o ministro, não tem nada a ver com aumento da carga tributária, mas de rever incentivos em forma de subsídios que acabam por prejudicar a competitividade a economia brasileira.
"É evidente que, quando você tem um sistema amplo de tributação, quando todos pagam, todos podem pagar menos", disse Lopes.
O deputado petista admitiu que, em se tratando de aumentar imposto, isso no campo da suposição, o governo pode arrecadar mais e isso faria parte de um leque de medidas que a União poderia adotar sem a necessidade de uma reforma tributária.
"Dá para fazer isso por medidas normativas. É só revogar o decreto do Paulo Guedes ex-ministro da Economia que permitiu fazer importação de produtos de até US$ 50 porque, na verdade, quando da Receita faz uma fiscalização de 500 pacotes, todos mostram que têm valores superiores", disse Lopes, acrescentando que é possível se cumprir as metas do arcabouço fiscal neste momento.
E emendou: "Mas é evidente que a sustentabilidade da nossa âncora fiscal, na minha opinião, depende de reformas estruturantes bem estruturadas que é a reforma tributária. Só ela, evidentemente, vai dar sustentabilidade fiscal."
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