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Argentina: BC eleva juros básicos a 81% após recorde de inflação em três décadas

Índice de preços ao consumidor (CPI) da Argentina chegou a taxa anual de 104,3% em março - Arquivo - Getty Images
Índice de preços ao consumidor (CPI) da Argentina chegou a taxa anual de 104,3% em março Imagem: Arquivo - Getty Images

André Marinho

Em São Paulo

20/04/2023 18h10Atualizada em 20/04/2023 21h02

O Banco Central da Argentina (BCRA) confirmou nesta quinta-feira, 20, o aumento dos juros básicos em 300 pontos-base, conforme havia sido antecipado por veículos da imprensa local.

Com a decisão, a taxa da chamada Letra de Liquidez (Leliq) avança a 81%, após a inflação no país atingir o maior nível em três décadas.

Segundo comunicado, a autoridade monetária também fixou em 81% a taxa mínima para os depósitos de prazo fixo de até 10 milhões de pesos e de 72,5% para o restante.

"O BCRA continua monitorando a evolução do nível geral de preços, a dinâmica do mercado de câmbios e dos agregados monetários aos efeitos de calibrar sua política de juros", disse.

A decisão acontece poucos dias após o governo local informar que o índice de preços ao consumidor (CPI) da Argentina acelerou a uma taxa anual de 104,3% em março, no maior valor desde setembro de 1991.