Custo de combater a inflação é alto, mas de não combater é mais alto e perene, diz Campos Neto
Campos Neto defendeu que haja equilíbrio fiscal e social - como propõe o governo -, mas lembrou que o volume de recursos é limitado.
Segundo ele, se o mercado passar a entender que haverá uma trajetória explosiva para a dívida, o governo passará a ter dificuldades em se financiar. "É preciso fazer social de forma responsável", completou.
Juro real
Questionado por parlamentares da base do governo sobre o alto patamar da Selic, o presidente do Banco Central repetiu também que a diferença para os juros de outros emergentes hoje é menor que no passado. "O juro real no Brasil foi muito mais alto e por muito mais tempo, inclusive quando ninguém no mundo praticava um juro tão alto. Agora estamos próximos de México, Colômbia e Chile", rebateu.
Segundo o presidente do BC, a autoridade monetária tem trabalhado em algumas causas estruturais do juro real alto no Brasil, mas sinalizou que esse trabalho não cabe apenas à instituição. "Reformas e equilíbrio fiscal ajudam muito a reduzir juro real. Há uma conexão grande entre contas públicas em ordem e expectativas de inflação", reafirmou. "Em momento que tivemos choque de credibilidade positiva no fiscal, tivemos choque de melhor nas expectativas para o IPCA", acrescentou.
Confrontado pela pequena quantidade de bancos no Brasil, Campos Neto avaliou a quebra de bancos médios nos Estados Unidos deve gerar concentração naquele mercado e lembrou das iniciativas do BC para fomentar novos entrantes do sistema financeiro brasileiro. "Aqui estamos desconcentrando o mercado", completou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.