Somente o crescimento equaciona conflito distributivo brasileiro, afirma Haddad
"Eu sou da opinião que os conflitos distributivos do Brasil são tão severos que eles só se equacionam com crescimento", declarou Haddad.
Segundo ele, o governo tem tomado as decisões que, além de possíveis, parecem mais justas. "A maneira que nós escolhemos de fazer o ajuste foi abrindo a caixa preta das renúncias fiscais", disse ele.
Haddad mencionou a decisão do STJ tomada na quarta-feira, de que impostos devem incidir sobre alguns incentivos fiscais. Isso poderá render R$ 90 bilhões para os cofres públicos. De acordo com ele, a medida do Tribunal "repõe um pouco a injustiça que vem sendo cometida contra o Tesouro Nacional".
Segundo Haddad, a economia feita com a última reforma da Previdência "evaporou" com decisões judiciais que atingiram o caixa do governo.
Ele afirmou que é necessário sanear as contas públicas respeitando a "orientação das urnas". Ou seja, nas palavras de Haddad: "não sacrificar os mais pobres".
O ministro disse que quer dar condições a investidores estrangeiros e brasileiros acreditarem na economia do País.
Haddad também declarou que é necessário recuperar a capacidade de investimento do Estado. Segundo ele, a matriz produtiva está "defasada tanto do ponto de vista tecnológico como do ponto de vista de infraestrutura".
Segundo ele, durante no ano das eleições a União e os Estados tiveram renúncias de receitas e aumentos de despesa que chegaram a R$ 300 bilhões, e que essa herança precisa ser administrada.
O ministro da Fazenda também declarou que o sistema tributário do país se tornou uma "colcha de retalhos", com muitos litígios.
Segundo Haddad, a área econômica do governo está em sintonia para organizar o debate nacional sobre a área.
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