Clima econômico da América Latina cai para 65,8 pontos no 2º trimestre, afirma FGV
"O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina caiu no segundo trimestre de 2023 influenciado pela piora das avaliações sobre a situação econômica atual. As expectativas melhoraram, mas continuam na zona desfavorável. A falta de confiança na política econômica local continua sendo um dos principais problemas para o crescimento econômico da região segundo os especialistas consultados", justificou a FGV, em nota.
O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 24,7 pontos na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2023, para 52,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE) cresceu 10,2 pontos, para 80,3 pontos, recuperando parte das perdas sofridas no trimestre anterior.
O Indicador de Clima Econômico (ICE) subiu no segundo trimestre de 2023 em apenas três dos dez principais países pesquisados: Chile (+25,5 pontos), Uruguai (+20,1 pontos) e Colômbia (+5,2 pontos). As principais perdas ocorreram no Equador (-37,4 pontos), Argentina (-28,3 pontos) e Paraguai (-22,4 pontos).
No Brasil, o ICE encolheu 14,7 pontos, para 58,8 pontos. O ISA despencou 42,0 pontos, para 28,6 pontos, enquanto o IE avançou 16,4 pontos, para 92,9 pontos.
"No caso do Brasil, a piora na avaliação da situação atual supera a melhora nas expectativas. Além disso, como o IE está na zona desfavorável, a perspectiva não aponta para um cenário otimista (favorável) do clima econômico", avaliou a FGV, na nota.
Os principais problemas citados por especialistas como entraves para o crescimento econômico dos países da América Latina foram: infraestrutura inadequada, corrupção, falta de inovação, aumento na desigualdade de renda, falta de confiança na política econômica, falta de competitividade internacional, barreiras legais e administrativas para investidores, demanda insuficiente, falta de mão de obra qualificada, clima desfavorável para investidores estrangeiros, instabilidade política e falta de capital.
No Brasil, os problemas considerados mais relevantes foram: infraestrutura inadequada, aumento da desigualdade de renda e falta de competitividade internacional, demanda insuficiente; corrupção, falta de inovação e falta de confiança na política econômica; e falta de mão de obra qualificada e gerenciamento ineficiente da dívida.
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