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BCE/Ata: resiliência da economia sugere que núcleo da inflação não deve desacelerar tão cedo

São Paulo

01/06/2023 09h06

Os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) consideram que a última decisão de alta de 25 pontos-base (pb) nos juros permitiria ao Conselho seguir elevando as taxas por mais tempo, apesar de vários membros inicialmente expressarem preferência por uma elevação de 50 pb, por verem o risco de apertar demais como menor que o risco de aperto pouco. A avaliação consta na ata da última decisão de política monetária do BCE, publicada nesta quinta-feira, dia 1º.

Segundo o documento, a ação de alta nos juros foi "necessária" para levar as taxas para um território "suficientemente restritivo" e garantir o retorno da inflação à meta de 2%.

Já a diminuição do ritmo de elevação refletiu incertezas sobre o impacto das decisões passadas, apesar da resiliência da economia da zona do euro. Assim, a alta menor foi considerada como "prudente", com os riscos de um aperto maior superando os benefícios, diz a ata.

No entanto, dirigentes também avaliaram a força do núcleo da inflação, que não deve desacelerar "suficientemente cedo", de forma que mais aumentos seriam justificados. Sobre a recente turbulência nos mercados financeiros, a ata indica que dirigentes a consideraram curta, sem exercer muito impacto nem necessidade de aperto adicional significativo.