Após regulamentação de bônus da Receita, servidores do BC aprovam paralisações parciais
Também foi remarcada a reunião plenária do Fórum Pix, com participantes do mercado, que estava prevista para ocorrer na tarde do dia 15. Conforme mostrou o Broadcast mais cedo, insatisfeitos, os técnicos do BC já falam em "operação tartaruga" para o desenvolvimento de novas funções do Pix.
"A temperatura no Banco Central voltou a subir esta semana, após a regulamentação do Bônus da Receita Federal e sem avanços nos pleitos em relação a reestruturação da carreira e sobre a instituição da Retribuição por Produtividade de (BC), mesmo após a maior greve da história, ocorrida em 2022", diz a nota da Associação Nacional dos Analistas do Banco Central (ANBCB).
"O sucateamento da carreira de especialista do BC, que vem ocorrendo na última década, com reajustes abaixo da inflação, sem novos concursos e com as crescentes assimetrias em relação a outras carreiras congêneres, coloca em risco as entregas da Autarquia à sociedade e põe em risco o cumprimento de sua missão institucional, incluindo seu papel como regulador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional e como gestor do STR, Selic e Pix, por exemplo", completa a nota.
Segundo Henrique Seganfredo, presidente da ANBCB, o mercado se preocupa com o adiamento do Fórum Pix e os eventuais impactos no cronograma do Pix Automático.
Após a maior greve da história do BC no ano passado, com duração de três meses, o então governo Jair Bolsonaro prometeu dar andamento à pauta não salarial da categoria, o que incluía um bônus de produtividade, como o da Receita. Mas, até agora, não houve avanço.
Hoje, as entidades que representam os servidores do BC se reuniram com o Ministério da Gestão, mas consideraram que o retorno foi insatisfatório. Sem a presença da ministra Esther Dweck, membros da Gestão alegaram não ter conhecimento das demandas do corpo funcional do BC.
"Caso a agenda da categoria continue a ser ignorada pela Ministra Esther Dweck, o próximo passo será a aprovação da Operação Padrão com impactos ainda mais fortes sobre os serviços do BC", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do BC (Sinal), Fábio Faiad.
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