Brasil e outros países da América Latina pedem para FMI apoiar a Argentina
Em carta divulgada nesta quinta-feira, 22, pelo Itamaraty, Lula e os outros presidentes, maioria de centro-esquerda, consideram "possível encontrar uma solução consensual" que permite à Argentina superar a complexa situação econômica. "Não é viável e nem desejável que as demandas que não considerem devidamente a mudança de circunstâncias mergulhem a Argentina em uma crise desnecessária", afirma o texto.
A Argentina vem exigindo do FMI uma mudança nas metas acordadas em março de 2022 para refinanciar a dívida contraída em 2018 por US$ 45 bilhões. O governo de Alberto Fernández mantém como principal argumento que o impacto da pior seca em um século afetou as exportações de grãos e privou o país de US$ 20 bilhões.
Com menores receitas de exportação, o nível das reservas internacionais contraiu e afetou a margem de manobra do Banco Central para intervir no mercado de câmbio. A desvalorização do peso argentino no ano passado impactou os preços e superaqueceu a inflação, que nos últimos três meses ultrapassou 7% ao mês.
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