'Não está em discussão a volta do imposto sindical', afirma ministro do Trabalho
![Luiz Marinho, Ministro do Trabalho, durante Encontro com Centrais Sindicais no Salão Nobre do Palácio do Planalto em Brasília (DF) Luiz Marinho, Ministro do Trabalho, durante Encontro com Centrais Sindicais no Salão Nobre do Palácio do Planalto em Brasília (DF)](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/74/2023/01/25/luiz-marinho-ministro-do-trabalho-durante-encontro-com-centrais-sindicais-no-salao-nobre-do-palacio-do-planalto-em-brasilia-df-1674652908265_v2_900x506.jpg)
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, descartou nesta quarta-feira, 30, o retorno do imposto sindical, mas voltou a defender a criação de uma "contribuição negocial", decidida em assembleias com a participação de trabalhadores e empregadores. "Não está em discussão a volta do imposto sindical. Falamos em contribuição negocial, apenas quando há negociação. Quem vai decidir sobre contribuição será assembleia com trabalhadores e empregadores", afirmou.
E completou: "Para representar bem os trabalhadores, os sindicatos precisam ter capacidade. Quem pode propiciar essa condição aos sindicatos é a categoria, e a decisão deve ser por assembleia."
O ministro defendeu ainda que os trabalhadores que não sejam sócios dos sindicatos também paguem a contribuição negocial, já que também serão beneficiados pelas negociações coletivas. "O que a assembleia deliberar, todos têm de cumprir. É assim que as entidades democráticas decidem as coisas", argumentou.
Segundo Marinho, o governo não está elaborando um projeto de lei sobre o tema, mas provocando que as centrais sindicais e os empregadores construam um entendimento sobre a questão. "O governo irá chancelar e encaminhar para o Parlamento, que terá a voz final", acrescentou. "O Supremo Tribunal Federal já legisla demais, então é preciso que o Parlamento fale sobre o assunto", alfinetou.
Ele ainda minimizou eventuais resistências do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sobre a questão. "Já vimos diversas entrevistas antes de uma matéria estar em análise. Às vezes, ele se posiciona no calor do momento, e você já viu várias vezes o Lira falar isso não vai e depois agora vai. Faz parte do processo democrático e vejo isso com naturalidade", concluiu.
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