Dólar sobe com exterior, após oscilar com dado de serviços fraco e commodites
O dólar está volátil na manhã desta terça-feira, 17. Chegou a cair nos primeiros negócios em meio á valorização de commodities, como petróleo e minério de ferro, após abrir em alta ante o real. A moeda americana retomou sinal positivo, acompanhando a valorização externa frente outros pares principais e divisas emergentes ligadas a commodities.
O mercado de câmbio se ajusta ao fortalecimento do índice DXY do dólar após o forte indicador de venda no varejo em setembro nos EUA , bem como à alta das taxas dos Treasuries e do dólar ante outros pares emergentes ligados a commodities em manhã de cautela global moderada por expectativas dados dos EUA e discursos de três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que votam nas reuniões este ano.
As vendas no varejo nos EUA subiram 0,7% em setembro ante agosto, a US$ 704,9 bilhões, segundo dados com ajustes sazonais divulgados nesta terça pelo Departamento do Comércio. A variação ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,3% no período.
Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista americano tiveram aumento de 0,6% no confronto mensal de setembro.
Os dados de agosto ante julho foram revisados para cima, de ganho de 0,6% para alta de 0,8% no caso das vendas gerais e de +0,6% para +0,9% no resultado sem automóveis.
Os investidores seguem monitorando o conflito no Oriente Médio com certa apreensão em meio a ataques aéreos à Faixa de Gaza, mas sem a incursão terrestre ainda no território palestino que vinha sendo anunciada por Israel.
Especialistas dizem que uma guerra terrestre nas cidades densamente povoadas da Faixa de Gaza, sob as quais o Hamas cavou uma extensa rede de túneis, poderia acabar custando caro para os soldados israelenses e para a Palestina. Nesta quarta, o presidente dos EUA, Joe Biden, visitará Israel e Jordânia, numa tentativa de evitar uma escalada do conflito na região.
Aqui, o volume de serviços prestados caiu 0,90% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com agosto de 2022, houve avanço de 0,90% em agosto, já descontado o efeito da inflação. A taxa acumulada no ano - que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior - foi de alta de 4,10%. No acumulado em 12 meses, houve elevação de 5,30%, ante avanço de 6,00% até julho.
Os investidores no mercado de juros aguardam o leilão de NTN-B e de LFT (11h) e evento organizado da Moody's com o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo (12h). Há incerteza ainda sobre a votação nesta semana do projeto de lei dos fundos offshore e exclusivos, na Câmara. O relator do PL, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), deve se reunir nesta terça com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes de encontro com líderes, para discutir a proposta - um dos pilares do pacote de medidas arrecadatórias da equipe econômica.
Mais cedo, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 0,52% em outubro, após a alta de 0,18% em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado superou o teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 0,30% e 0,51%, com mediana positiva de 0,41%.
O aumento de 7,31% no preço do minério de ferro exerceu a maior pressão sobre a inflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços, segundo a FGV. O índice acumula redução de 4,88% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou desaceleração em duas das sete capitais pesquisadas na passagem da primeira para a segunda quadrissemana de outubro. No período, a variação do índice passou de 0,34% para 0,33%.
Às 9h40 desta terça, o dólar à vista subia 0,35%, a R$ 5,0533 (-0,18%). Já oscilou de máxima a R$ 5,0558 (+0,37%) à mínima, a R$ 5,0283 (-0,18%). O dólar para novembro ganhava 0,36%, a R$ 5,0675.
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