Bolsas da Europa fecham em alta, na esteira de balanços e de olho em falas de dirigentes
As bolsas da Europa fecharam a quinta-feira, 9, em alta, enquanto investidores mantém o tom otimista visto na quarta-feira, na esteira de balanços corporativos, e de olho no discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que participa de evento após o fechamento das bolsas.
Segundo o AJ Bell, "o mercado foi inundado com notícias corporativas, e chamar os resultados e as atualizações comerciais de uma grande mistura é um eufemismo", em referência aos resultados diversos.
Além dos balanços em foco, investidores também monitoraram as falas de banqueiros centrais. Pela manhã, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, pontuou que o balanço patrimonial da autoridade monetária deve ser reduzido até um nível apropriado.
Mais tarde, o economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill, disse que as taxas de juros devem ficar em território restritivo por um "período estendido", mas o comentário vem após, na mesma semana, ele ter sinalizado que as taxas de juros podem ser cortadas antes do que o esperado.
O FTSE 100 subiu na expectativa de fim da alta de juros, mas também influenciado pela alta do petróleo, que vem de dois dias de tombos diante de preocupações com a demanda.
O AJ Bell comenta que "o desprezado e ridicularizado FTSE 100 - repleto de mineradores, petróleos, bancos, seguradoras e produtos básicos de consumo - superou o desempenho do Nasdaq Composite, carregado de tecnologia e biotecnologia nos últimos três anos", destacando o bom desempenho do setor energético na esteira de redução da oferta desde a guerra na Ucrânia.
Também em Londres, o papel da AstraZeneca subiu 2,71%, após a companhia farmacêutica anglo-sueca elevar sua projeção anual para o lucro ajustado e apesar de um desempenho trimestral mais fraco do que o esperado.
Enquanto isso, em Amsterdã, a ArcelorMittal desapontou em seu fluxo de caixa, fazendo a ação recuar 1,76%. Na Itália, os papéis da Telecom Itália subiram 0,84% nesta quinta, na esteira no balanço publicado na quarta-feira no fim do dia.
Já na França, o CAC40 subiu mais que os pares também na esteira do balanço positivo da Schneider Electric, que viu seus papéis subirem 8,35% após a multinacional de distribuição elétrica elevar metas financeiras para o médio prazo.
Enquanto isso, os resultados do terceiro trimestre da Airbus ficaram abaixo das expectativas dos analistas e confirmou o que parece ser uma orientação ambiciosa para o ano, segundo Berenberg, o que fez suas ações recuarem 1,93%.
Tudo somado, em Londres, o FTSE 100 fechou com ganhos de 0,73%, aos 7.455,67 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,81%, aos 15.352,54 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 1,13%, aos 7.113,66 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve ganhos de 1,33%, aos 9.407,50 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,80%, aos 28.660,66 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,59%, aos 6.268,27 pontos. As cotações são preliminares.
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