Bolsas de NY fecham sem coesão antes de feriado e PCE; S&P tem melhor 1º trimestre desde 2019

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com variações limitadas, travadas pelas expectativas com novos dados de inflação e com o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, na Sexta-feira Santa, quando os mercados globais estarão fechados. Mesmo com a cautela, o S&P 500 e o Dow Jones renovaram as máximas históricas de fechamento. Na sessão, investidores assimilaram comentários do diretor do Fed Christopher Waller mais hawkish que o antecipado e nova leitura forte do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre de 2023. Ação de maior peso no Nasdaq Composto, a Apple cedeu após o rebaixamento de recomendação e relatos de atraso em lançamento de produto.

O índice Dow Jones fechou com ganho de 0,12%, em 39.807,37 pontos, o S&P 500 avançou 0,11%, a 5.254,35 pontos, e o Nasdaq caiu 0,12%, a 16.379,46 pontos. O S&P 500 acumulou ganho de 10,16% no primeiro trimestre, o melhor desempenho para os três primeiros meses de um ano desde o primeiro trimestre de 2019. O Dow Jones teve ganho trimestral de 5,62% e o Nasdaq, de 9,11%. No mês, o Dow Jones ganhou 2,08%, o S&P 500, 3,10% e o Nasdaq, 1,79%.

A divulgação do índice de preços dos gastos com consumo (índice de preços PCE, em inglês) dos EUA em fevereiro ocorre amanhã. Como os mercados globais estarão fechados por conta do feriado da Sexta-feira Santa, o efeito do indicador em termos de expectativas para o corte de juros nos EUA deve vir retardado, na próxima semana. Nesta sessão, a reação foi branda à divulgação, mais cedo, do dado atualizado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2023, que mostrou crescimento da economia ao ritmo anualizado de 3,4% no quarto trimestre de 2023. O resultado ficou acima da estimativa anterior, de alta de 3,2%, e também da previsão de analistas consultados pela FactSet, de aumento de 3,3%.

As ações da Apple cederam 1,10%. Executivos da Apple adiaram o cronograma de lançamento do iPhone dobrável para o primeiro trimestre de 2027. No entanto, analistas sugerem que a empresa pode até considerar abandonar o projeto completamente, dado que a tecnologia de painel ainda não está madura o suficiente. O DZ Bank rebaixou a recomendação para a fabricante do iPhone de compra para manter.

As ações de bancos voltaram a se destacar no bloco dos ativos em alta. O Goldman Sachs ganhou 0,59%, JPMorgan subiu 0,39% e Bank of America avançou 0,29%.

A AMC derreteu 14,3% após a rede administradora de salas de cinemas informar que pretende vender até US$ 250 milhões em ações. A companhia anunciou a decisão em documento, citando que usará os recursos captados para fortalecer sua liquidez, pagar refinanciamentos e resgatar ou recomprar títulos de dívida no mercado.

*Com informações da Dow Jones Newswires