Bolsas de NY sobem, após balanço da Alphabet; S&P e Nasdaq têm melhor semana desde novembro
As bolsas de Nova York fecharam em alta e o Nasdaq avançou 2% hoje. A reação eufórica aos balanços de Alphabet e Microsoft se sobrepôs a novos sinais de inflação persistente nos Estados Unidos, que pode postergar o ciclo de corte de juros no país.
O índice Dow Jones avançou 0,40%, aos 38.239,66 pontos; o S&P 500 ganhou 1,02%, aos 5.099,96 pontos; e o Nasdaq se elevou 2,03%, aos 15.927,90 pontos. Na semana, houve ganhos de 0,67%, 2,67% e 4,23%, respectivamente. S&P 500 e Nasdaq registraram as maiores valorizações semanais desde o começo de novembro do ano passado.
Em destaque, Alphabet saltou 10,22%, após a controladora do Google anunciar pagamento de inédito dividendo, na esteira de um primeiro trimestre que superou expectativas do mercado. Assim, o valor de mercado da empresa superou US$ 2 trilhões pela primeira vez na história, de acordo com o site Companies Market Cap.
Para o Bank of America (BofA) Securities, o balanço confirmou a Alphabet como uma das beneficiárias do desenvolvimento da inteligência artificial. "Continuamos construtivos em relação às vantagens de infraestrutura, dados e distribuição do Google", afirma o BofA, que elevou o preço alvo do papel para US$ 200.
Entre outras gigantes da tecnologia, Microsoft se valorizou 1,82%, depois de informar crescimento do lucro nos três primeiros meses do ano. Já Snap disparou 27,63%, na esteira de aumento da receita.
Com o maior otimismo em relação à IA, Nvidia ganhou 6,18%, Qualcomm aumentou 1,45% e Broadcom subiu 3,84%. Na contramão, Intel perdeu 9,20%, depois de projetar guidance pior que o esperado. Também após balanços, a Chevron avançou 0,37%, mas a rival Exxon Mobil baixou 2,78%.
O movimento jogou ao segundo plano as preocupações quanto a inflação nos Estados Unidos, em uma semana que mostrou índice de preços de gastos com consumo (PCE) mais forte no trimestre passado. Hoje, o Departamento do Comércio do país informou que o PCE acelerou na taxa anual de março, mas a Capital Economics ainda espera perda de força do dado à frente.
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