Pacheco: Congresso deve apoiar medidas de cortes, mesmo não sendo simpáticas; IR depende fiscal
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), divulgou nota afirmando que é preciso afastar o medo da impopularidade que ronda a política quando se trata de política fiscal e que o Congresso tem de apoiar, também, medidas de corte de gastos, ainda que não sejam simpáticas. A ampliação da isenção do Imposto de Renda, no entanto, não é pauta para agora e dependerá de condições fiscais para se concretizar.
"É importante que o Congresso apoie as medidas de controle, governança, conformidade e corte de gastos, ainda que não sejam muito simpáticas. Inclusive outras podem ser pensadas, pois esse pacote deve ser visto como o início de uma jornada de responsabilidade fiscal", diz a nota de Pacheco.
O governo anunciou seu pacote de contenção de gastos num pronunciamento na quarta-feira à noite, 27, e detalhou alguns pontos em coletiva na quinta-feira, 28. Além das medidas que somam R$ 327 bilhões de economia até 2030, também foi anunciada a decisão por pautar a ampliação da faixa de isenção do IR para R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Todas as medidas foram apresentadas para as lideranças do Congresso, incluindo Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
"A questão de isenção de IR, embora seja um desejo de todos, não é pauta para agora e só poderá acontecer se (e somente se) tivermos condições fiscais para isso. Se não tivermos, não vai acontecer. Mas essa é uma discussão para frente, que vai depender muito da capacidade do Brasil de crescer e gerar riqueza, sem aumento de impostos", diz a nota assinada por Pacheco.
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