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Fabricante de camisinha dispara 15% na Bolsa após Coreia 'autorizar' adultério

26/02/2015 15h46Atualizada em 26/02/2015 16h34

SÃO PAULO - Uma novidade no mínimo estranha fez com que as ações da Unidus, maior fabricante de preservativos da Coreia do Sul, disparassem 15%, o máximo permitido pela Bolsa local.

O desempenho ocorre após o governo do país derrubar a lei que proíbe o adultério.

A Coreia tem uma  das menores taxas de natalidade do mundo, atrás apenas de Cingapura, Japão, Saint-Pierre e Miquelon e Mônaco. Em média, cada mulher tem cerca de 1,2 filhos, em comparação com 1,9 no Reino Unido.

A lei derrubada agora tinha sido aprovada em 1953 para proteger as mulheres que estavam financeiramente dependentes de seus maridos. Os defensores da lei recentemente afirmaram que ela preserva os valores familiares conservadores em meio a uma onda de modernização.

Sete dos nove juízes do tribunal votaram para derrubar a lei, que tinha como pena máxima dois anos de prisão.

'Direitos dos indivíduos' x 'onda de devassidão' 

"A lei é inconstitucional, pois viola o direito das pessoas de tomarem suas próprias decisões sobre sexo e a liberdade de ter uma vida privada, violando o princípio que proíbe a aplicação excessiva nos termos da Constituição", disse o tribunal de justiça constitucional de Seo Ki-seok.

O juiz do tribunal, Park Han-chul, disse que "concepções públicas para os direitos dos indivíduos em suas vidas sexuais passaram por mudanças". 

Um dissidente, Ahn Chang-ho, disse que a votação iria "desencadear uma onda de devassidão".