Dólar tem leve queda e Ibovespa recua com baixa do minério de ferro

O dólar encerrou a sessão desta terça-feira (28) com baixa moderada ante o real em meio a uma ligeira melhora da percepção de risco relacionada à gestão da política monetária após o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçar a busca pela meta de inflação.

No fim do dia, a moeda americana era negociada a R$ 5,1540, em queda de 0,35%.

Na segunda-feira (27) à noite, em evento na Universidade Federal de Itajubá (MG), Galípolo disse que o BC "vai dirimir dúvidas levantadas" pelo dissenso na última reunião de política monetária, "reforçando compromisso com a perseguição da meta de inflação". Ao justificar o voto em corte de 0,5 ponto percentual da Selic neste mês, o diretor afirmou que não estava "confortável em largar o guidance", em referência à afirmação do BC no comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) em março de que previa nova redução da taxa em 0,5 ponto.

Para o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, o Copom tem de demonstrar com suas decisões daqui para frente que vai se pautar por uma conduta técnica, reduzido assim a percepção de risco de ingerência política. "O fim do mandato de Campos Neto está próximo e o mercado ainda tenta entender como o BC vai se comportar, principalmente a partir de 2025", diz Velloni, que vê a taxa de câmbio rodando em uma faixa entre R$ 5,06 e R$ 5,16 no curto prazo.

Bolsa

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,58%, aos 123.779,54, o nível mais baixo de 2024. Neste ano, o índice de referência da Bolsa de Valores B3 tem perdas acunuladas de 7,75%, sendo 1,7% em maio.

A ação de maior peso no Ibovespa, Vale ON, acentuou as perdas à tarde, acomoanhando a queda na casa de 2% para o minério de ferro em Dalian, China. Ao fim do pregão, a ação da mineradora tinha baixa de 2,16%.

"O dia foi bem negativo para a Vale com a queda de 2% no minério na China, nessa reavaliação, pelo mercado, dos efeitos do programa de estímulos ao setor imobiliário", disse Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

*Com informações da Agência Estado

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