Pré ou pós-fixado? Veja como ganhar mais com a renda fixa em 2016
SÃO PAULO – Não há dúvida de que a renda fixa é a modalidade de investimento que mais se beneficia com as constantes altas de juros no Brasil. No entanto, dentro dela, ainda existe a possibilidade de aplicar em títulos pós-fixados ou prefixados. No cenário atual, quais seriam as melhores escolhas?
Nathaniel Bloomfield, sócio-diretor da Confiança Investimentos, explica que os ativos de renda fixa prefixados são mais indicados para momentos em que se observa o fim de um ciclo de alta na taxa de juros. “Afinal, travamos uma taxa alta enquanto a taxa do mercado começa a cair, dessa maneira nosso título fica valorizado”, relata.
Os ativos pós-fixados, por sua vez, são mais defensivos e conservadores, pois “vão se adaptando às condições do mercado. São ideais para quem quer investir pensando no longo prazo”, explica Bloomfield.
O sócio da Alta Vista Investimentos, André Albo, acredita que não há como cravar uma “decisão de investimento definitiva, uma vez que não há clareza quanto ao cenário”. Assim, o ideal é diversificar as estratégias.
“Por exemplo, o relatório Focus prevê uma Selic a 15,5% para o fim de 2016, o que mostra uma oportunidade nos títulos pós-fixados, uma vez que hoje temos a Selic a 14,25%. Por outro lado, as taxas pré também encontram-se bastante esticadas, o que pode representar uma ótima janela de entrada para quem quiser garantir um retorno elevado em um prazo de um a três anos”, comenta.
Uma carteira adequada, na visão do assessor de investimentos, deve mesclar as duas categorias de investimento e também os títulos com rentabilidade atrelada ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), sempre respeitando o perfil de cada investidor.
Alexandre Amorim, sócio da consultoria de investimentos Par Mais, segue a mesma linha de pensamento: os títulos prefixados servem para apenas uma parte da carteira destinada para um risco mais elevado. No entanto, ele crava: “há prêmio para se investir em pré”. Ele ainda atesta que pode haver mais volatilidade no futuro próximo e, assim, momentos melhores de compra para esses títulos.
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